História da cadeira

A cadeira é um objeto muito antigo, embora durante muitos séculos fosse um artigo que conferia status e dignidade a quem a usava. Não foi de uso comum até o século XVI, quando então ganhou popularidade. Há muitos séculos a cadeira é considerada um dos objetos mais importantes do mobiliário e símbolo da posição social de quem se sentava sobre ela.

De maneira histórica, a data de criação da cadeira pode datar tempos primordiais, onde o hominídeo utilizava-se de cadeiras simples feitas em pedra. Durante o período da Idade Média, as cadeiras passaram a ser artigos de luxo da nobreza e possuiam armações e construções diversas.

A cadeira chegou ao Brasil no século XVI com a vinda dos portugueses. Até então, por aqui, o mobiliário indispensável eram a rede e a esteira indígenas, ambas de fibras vegetais.

As cadeiras mais antigas de que se tem notícia são as cadeiras egípcias, que demonstram ter sido de grande riqueza e esplendor. Feitas de ébano e marfim, esculpidas em madeira dourada, elas eram cobertas com materiais caros e foram apoiados em representações das pernas por formas bestiais ou em figuras domésticas. Uma cadeira de braço em ótimo estado de preservação foi encontrada em uma tumba no Vale dos Reis e é incrivelmente semelhante, até mesmo em detalhes pequenos, com aquele “estilo de Império ” à cadeira que seguiu a campanha de Napoleão no Egito. Muitas cadeiras encontradas em diversos estados de conservação trazem os apoios esculpidos como pernas que terminam nas garras de leões ou touros.
Ainda hoje, o maior sucesso do design industrial de todos os tempos, sendo a mãe de todas as cadeiras modernas, as cadeiras Thonet numeradas foram as primeiras a serem produzidas através do curvamento de madeiras e pioneiras também na venda por catálogos.

O ponto das grandes mudanças é a revolução industrial quando peças únicas dão lugar à produção em série. A tecnologia está mais à mão e designers podem ter suas criações multiplicadas sob um novo conceito; o da funcionalidade. A revolução industrial do final do século XIX, além de revolucionar os meios de produção, influenciou o modo de vida e criou verdadeiras revoluções de conceitos e comportamento. O excesso de detalhes e adornos das peças antes artesanais cede lugar ao minimalismo do conceito “forma e função” e da busca pelo novo.
O século XX viu o uso crescente de tecnologia na produção de cadeiras. O uso de metal tanto no corpo quanto nas pernas aumentou. Uma das primeiras cadeiras a se tornar famosa foi a Hill House de Charles R. Mackintosh em 1928.
Marcel Breuer foi o precursor do design arrojado para as cadeiras; sua criação, a cadeira Wassily, inspirada nos tubos de sua bicicleta, é um verdadeiro clássico do design mundial e como todo clássico, é atual quase cem anos depois. Deu origem ao sistema de construção de mobiliário tubular usado ainda hoje. De tão atual, há quem diga que a cadeira Wassily tem design contemporâneo.

Os móveis modernos criados principalmente sob a influência da escola da Bauhaus na primeira metade do século XX foram tão felizes e arrojados em sua concepção que deram origem não só a estilos e formas, mas a tecnologias de fabricação e suas criações se multiplicam e sofrem releituras das mais diversas formas.

O Design italiano é outro tema de suma importância e influência no design das cadeiras, pois graças ao seu encanto discreto mas irresistível, o design italiano tem seus admiradores incondicionais em todo o mundo. Depois da 2ª Guerra Mundial, sobretudo a zona de Milão, se tornou a Meca do design internacional.
O design contemporâneo por sua vez, está aí, seus designers estão em plena atividade produzindo e criando inovações. O contemporâneo bebeu da fonte do modernismo e tem em comum com o estilo mestre, a genialidade, onde forma e função são uma só diretriz, um só motivo para criar e encantar. A cadeira continua sendo um símbolo desta criação e aparece também no trabalho de artistas de maneira polêmica e muitas vezes inusitada. Hoje, com a globalização, designers criam em conjunto em nome da auto-suficiência superando obstáculos e desenvolvendo novas tecnologias. Os tempos de hoje pedem profissionais mais diretos,simplicidade e objetividade nos projetos; peças únicas são criadas com o conceito atemporal da produção seriada. Cada vez mais vemos produtos que utilizam em sua concepção, materiais recicláveis, madeiras de reflorestamento, aproveitamento de materiais de maneira ecologicamente correta e tingimento com pigmentos naturais e não poluentes.

De certa forma, essa função mais requintada foi preservada até hoje, e o jeitinho bem brasileiro de viver de fato privilegia o uso da cadeira em momentos mais formais. Em famílias do interior ou nas casas de pescadores no litoral nordestino, a vida cotidiana acontece no terraço, em tamboretes, banquinhos e, claro, em redes. As cadeiras estão sempre na sala, um lugar, digamos assim, mais nobre para receber a visita. Em reuniões, as empresas priorizam a estética e o conforto das cadeiras de seu escritório, para impressionar e passar uma boa impressão e seriedade. A Riazór oferece para essas empresas exatamente o que elas procuram, cadeiras com sofisticação e conforto. Confira nossas opções aqui.